o sentido da vida...

"A vida como conhecemos tem por base o carbono e a energia é obtida com a presença de oxigénio" por definição... Ou seja podemos dizer que somos carbono, reagimos com o oxigénio e degrada-mo-nos até à única inevitabilidade, a morte!
"Biologicamente, viver significa crescer, metabolizar, movimentar, reproduzir e responder a estímulos!
Metafisicamente, a vida é um processo constante de relacionamentos".
É isso mesmo relacionamentos! Relaciona-mo-nos e interagimos do ponto de vista biológico e sociológico e deixamos marcas mais ou menos indeléveis no meio em que estamos inseridos e do qual resulta essa interacção.
Durante a vida e nas nossas relações inter-pessoais, constantemente, tomamos decisões das quais os resultados podem ser infinitos. Ou seja, não podemos prever os vários futuros possíveis, resultantes dessas mesmas decisões, mas sabemos que certamente essas mesmas decisões se repercutiram no ambiente em que estamos inseridos.
Não podemos prever os vários futuros possíveis, porque justamente as decisões resultam da forma como nos relacionamos. Imaginemos os finos fios, entrelaçados na trama de um tecido. Ora nós somos um pequeno fio que percorre o tecido, que é a duração da nossa vida, e na trama do mesmo interagimos e relaciona-mo-nos com outros fios do tecido, nunca conseguindo porém vislumbrar os seus limites, nem todos os percursos que o fio tem pela frente... as nossas vidas em conjunto, formam a trama do tecido.
Ora a nossa sobrevivência é sempre condicionada, pelo meio em que estamos inseridos e pelos estímulos aos quais estamos expostos. Somos definitivamente produto do meio, mas não nos podemos demitir de responsabilidades, porque se por um lado o meio faz o indivíduo, por outro, o indivíduo também faz o meio!
E é esta maravilhosa conjugação que torna a vida tão interessante!
"Conceitos abstractos como felicidade e espiritualidade, podem ser vistos como o sentido da vida, mas mesmos esses são condicionados por estímulos exteriores, pela própria educação do indivíduo ou simplesmente, pelo modo que este escolhe conduzir a sua vida".
Se pensarmos que não há um verdadeiro sentido para a vida, então o sentido da vida é viver e perpetuar a nossa existência da melhor forma possível e segundo a nossa própria consciência.
Partilhar-mos experiências e vivências pode dar sentido à vida, desde que tenhamos objectivos concretos, aos quais nos entreguemos de corpo e alma.
Viver e estar vivo é indubitavelmente uma bênção, e a melhor forma de o fazer é percorrer o caminho e aceitar que o caminho que temos pela frente é uma escolha que nos é dada (e só nossa) mas mais cedo ou mais tarde irá ser interceptado pelos caminhos percorridos pelos outros fios da trama do tecido!
Enfim, foi a reflexão que eu consegui fazer, nesta tarde ventosa de Verão.
por Sibila em 22 de Julho de 2011



 Lisboa



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